quarta-feira, 30 de abril de 2014

Esteroides anabolizantes provocam efeitos colaterais e uso indiscriminado traz risco à saúde:

Médicos falam também sobre as diferenças entre eles e os suplementos. 

Parece um milagre ou até mesmo uma fórmula mágica, mas o uso de esteroides anabolizantes, apesar de ser uma alternativa fácil e rápida de aumentar a musculatura, oferece riscos à saúde , o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Jéssica Borrelli explicaram que o uso indiscriminado desses produtos, sem orientação médica, pode causar efeitos colaterais, como risco maior de problemas no coração, aumento do colesterol ruim, problemas no fígado, infarto, derrame e até mesmo câncer.

Por isso, os especialistas alertam que essas substâncias não devem ser usadas e não podem ser receitadas nas academias, já que é possível ganhar massa muscular apenas com exercício e alimentação. Em relação ao câncer, o excesso de hormônios dos esteroides anabolizantes, usados de maneira inadequada, estimula o crescimento de células – se uma delas tem uma tendência a se transformar em um câncer no futuro ou se já tem a doença, o esteroide anabolizante pode promover seu desenvolvimento com mais rapidez. Ou seja, ele pode causar um tumor ou acelerar um que já existia, com o risco até mesmo de metástase, como explicou o oncologista Fernando Maluf na reportagem da Natália Ariede.

Esse problema aconteceu com a ex-BBB, vencedora da 12ª edição do programa, Maria Melilo. Por 7 anos, ela tomou esteroides anabolizantes porque queria ganhar massa muscular, mas a consequência logo veio e ela descobriu um tumor no fígado. Atualmente recuperada da cirurgia que retirou 70% do fígado, ela se lembra dos outros efeitos que o esteroide anabolizante causou, como engrossamento da voz, fraqueza no cabelo, colesterol alto e até mesmo alterações no ciclo menstrual.

Fora a desregulação da menstruação, nas mulheres, pode ocorrer também de o pescoço ficar mais largo, o queixo mais quadrado, ela ficar mais agressiva e até mesmo ter calvície. Nos homens, a calvície e agressividade também acontecem, com o risco ainda de aumento das mamas e atrofia dos testículos, como explicou o endocrinologista Alfredo Halpern.

Isso acontece porque os esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos, normalmente derivados da testosterona, que estimulam as células musculares a aumentarem a absorção de tudo que faz o músculo crescer, especialmente as proteínas. Além de aumentarem a musculatura, os produtos também estimulam o crescimento de tecidos, como ossos, peles e órgãos, mas isso acontece com maior intensidade na fase de crescimento. Por isso, é ainda mais perigoso o uso indiscriminado de esteroides anabolizantes na adolescência, porque os órgãos podem ficar maiores do que deveriam.

Fora a testosterona, existe também o GH, outro hormônio também considerado esteroide anabolizante e bem procurado por frequentadores de academia. Esses dois hormônios são produzidos pelo corpo naturalmente, mas muitas pessoas tomam para ficarem mais fortes e diminuir também a massa gorda do organismo.

Existem casos, no entanto, de pacientes que têm falta de produção natural desses hormônios, por causas genéticas ou adquiridas, e os esteroides anabolizantes são prescritos pelo médico. A diferença, porém, é que quando o médico indica os remédios, eles são dados em doses muito menores do que aqueles usados por frequentadores de academia. Fora isso, os pacientes passam por avaliações clínicas para descartar qualquer incompatibilidade com o esteroide anabolizante. Pessoas saudáveis nunca devem e não precisam utilizar esses hormônios, justamente por causa dos riscos que eles trazem.

Por outro lado, existe ainda o suplemento alimentar, também muito conhecido nas academias. A maioria toma aqueles à base de proteína, essencial para o crescimento dos músculos – o mais conhecido é feito com proteína de soro de leite, que é rapidamente absorvida pelo corpo e facilita o desenvolvimento muscular logo depois do treino de musculação. O problema é que muita gente confunde o suplemento com esteroide anabolizante – enquanto o suplemento é um alimento indicado por nutricionistas para ajudar na recuperação muscular, o esteroide anabolizante é uma droga derivada de hormônios.

Segundo a nutricionista Jéssica Borrelli, existem vários tipos de suplementos e não adianta usá-los sem necessidade porque o corpo elimina o excesso. Um dos principais erros de quem toma é usar logo que começa a atividade física – como a proteína serve para repor o que falta, o corpo só vai sentir uma necessidade maior depois de uma intensidade e tempo maiores de treino.

Outro erro é misturar proteínas isoladas com leite – o leite, quando misturado, retarda a absorção. Toma uma dose maior do que a necessária também é errado – muita gente faz isso achando que a absorção será maior, mas de acordo com a nutricionista, a absorção máxima pelo corpo é de 20 a 25 gramas por dose.

Para não cometer esses erros, o ideal antes de optar pela suplementação é se consultar com um nutricionista, que vai avaliar o cardápio, o tempo e a intensidade dos treinos. Como o excesso de qualquer proteína pode sobrecarregar os rins, é fundamental avaliar a necessidade antes de usar essa alternativa.

Matéria publicada no site Bem Estar.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pular o café da manhã pode aumentar risco de diabetes e ataque cardíaco:

Estudos sugerem que não se alimentar pela manhã aumenta o risco de doenças do coração e problemas como obesidade e pressão alta. 

Não tomar café da manhã pode ser uma rotina pouco saudável e de consequências perigosas. Além de não prover a energia necessária para o dia que acaba de começar, quem pula a refeição tem 21% mais chances de desenvolver a diabetes II, de acordo com o American Journal of Clinical Nutrition.

Um estudo similar da Universidade de Harvard com quase 27 mil homens chegou a conclusões parecidas. Pesquisadores afirmam que quem não come nada de manhã tem um risco 27% maior de ter um ataque cardíaco ou morte por doenças do coração.

De acordo com Leah Cahill, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, não tomar café da manhã também abre as portas para problemas de obesidade, pressão alta e colesterol alto, além de diabetes, doenças que podem levar a ataques cardíacos.

Matéria publicada no site Terra.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Exercícios no calor: entenda a função do suor e a importância da hidratação:

Combinação de atividade física vigorosa com altas temperaturas requer muito cuidado, pois gera grande perda de líquidos e sais minerais pela evaporação. 

A combinação da atividade física vigorosa e o calor excessivo é uma situação que requer muito cuidado. Apesar de ser um tema frequentemente abordado em inúmeras publicações, nunca é demais esclarecer algumas dúvidas e alertar sobre eventuais riscos para a saúde.

Quando fazemos qualquer tipo de atividade física, existe uma produção de calor pelo corpo que é proporcional à intensidade da atividade realizada. O desafio, nesta situação, é promover a perda deste calor produzido para evitar que a temperatura corporal aumente.

Existem quatro mecanismos que proporcionam a perda de calor: condução, convecção, irradiação e evaporação. O três primeiros são mecanismos físicos de troca de calor com o ambiente e sua eficácia depende da existência de condições favoráveis para dissipar o calor do corpo para o meio ambiente. Na realidade, são mecanismos de perda direta de calor por contato com o ar mais frio, com correntes de ar etc. Quando a temperatura ambiente é elevada, estes mecanismos são muito pouco eficientes, e a perda de calor vai depender essencialmente do mecanismo de evaporação do suor.

É importante frisar que não é a produção de suor que resfria o corpo e, sim, a evaporação do suor produzido que rouba calor da superfície corporal. É até curioso, mas o hábito de enxugar o suor produzido, evitando que ele evapore, prejudica a perda de calor.

Na medida em que a necessidade de perder calor se torna cada vez mais intensa, tanto pelo aumento da intensidade do exercício, quanto pela elevação da temperatura ambiente, a sudorese e a evaporação do suor são mais exigidas. A consequência óbvia é uma perda cada vez maior de líquidos e sais minerais pelo suor.

Nesta situação, a reposição hídrica e mineral é fundamental. A desidratação leva a uma séria ameaça para a saúde e um prejuízo à performance física. Estudos científicos estimam que, para cada 1% de desidratação do corpo, existe um decréscimo de 5% do desempenho.

O cálculo do percentual de desidratação é feito pela proporção que a redução de peso representa em relação ao peso corporal. Se um indivíduo de 70kg perde 1kg numa atividade física, ele se desidratou em cerca de 1,5%.

A reposição de líquidos, mesmo durante o exercício, é fundamental e proporciona a possibilidade de a sudorese não ser prejudicada, assegurando a luta contra o calor e evitando a elevação da temperatura corporal (hipertermia), que traria uma ameaça muita séria para a saúde.

Matéria publicada no site Globo Esporte.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Condicionamento físico das crianças piorou nas últimas décadas:

Um extenso e completo estudo realizado pela Universidade do Sul, da Austrália, afirma que a aptidão física e cardiovascular na infância piorou cerca de 15% ao longo dos últimos 30 anos em todo o mundo.

O estudo se baseou em 50 pesquisas sobre atividades físicas realizadas desde os anos 1960, em 28 países. Ao todo, esses trabalhos envolveram mais de 25 milhões de jovens de nove a 17 anos. Segundo a pesquisa, as crianças de hoje em dia não correm tão rápido e nem tão longe como seus pais nessa idade. Atualmente, as crianças demoram, em média, 90 segundos a mais para correr um quilômetro e meio.

De acordo com os pesquisadores, os resultados do estudo são uma consequência de mudanças no estilo de vida das famílias nos últimos anos. Um bom exemplo disso é o fato de cada vez menos crianças irem às escolas andando ou até mesmo realizarem brincadeiras ao ar livre como forma de lazer. Grande parte dos jovens prefere optar pelos televisores, computadores e celulares para se divertir.

Além disso, o sedentarismo infantil é cada vez mais significativo. Entre 30% e 60% da piora da aptidão física pode ser explicada pelo aumento de peso. Por isso, crianças devem praticar pelo menos 60 minutos de alguma atividade física ao dia, como correr, nadar, andar de bicicleta e até mesmo caminhar. Com o exercício físico é possível melhorar a saúde, autoestima, flexibilidade, desenvolvimento motor, postura, aquisição de habilidades de motricidade fina e o sistema cardiocirculatório, além de promover o crescimento, construção de ossos e músculos fortes e manutenção do peso adequado.


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Exercício físico pode ser aliado no tratamento da enxaqueca:

Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cefaleia aponta que 9% da população sofre com dores de cabeça frequentes. No entanto, apostar em exercícios físicos pode ser uma nova opção de tratamento para essas pessoas.

Segundo o estudo, conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), associar exercício aeróbico ao uso de medicamentos pode trazer um resultado ainda melhor no tratamento da enxaqueca crônica. As pesquisadoras avaliaram 50 pacientes com o diagnóstico, dividindo-os em dois grupos: metade dos pacientes fez uso de uma medicação preventiva diária, enquanto a outra metade fez uso da mesma medicação e também praticou, três vezes por semana, atividade aeróbica com orientação profissional.

Após três meses, todos os pacientes apresentaram melhora, havendo redução na frequência, intensidade e duração das crises de enxaqueca. Porém, o grupo que realizou atividades aeróbicas apresentou uma melhora significativa em todos esses parâmetros, além de redução do Índice de Massa Corpórea (IMC).

Além da prática regular de exercícios físicos, existem outras medidas que ajudam no tratamento da enxaqueca crônica como: tempo de sono adequado, alimentação balanceada, suporte psicológico, terapias não medicamentosas, evitar situações estressantes e altas dosagens de analgésicos. Vale ressaltar que independente do exercício físico, é fundamental que o paciente busque a orientação de um médico para ter um medicamento preventivo adequado.

Essa pesquisa foi apresentada no XXVII Congresso Brasileiro de Cefaleia ocorrido em outubro e foi premiada como a melhor pesquisa brasileira na área de cefaleias no ano de 2013.

Por Jornalismo Portal EF.